quarta-feira, 24 de junho de 2009

Peregrino

Não leu muitos autores nem viveu grandes amores
Andou de lá pra cá sem saber onde queria ir
Sem saber se queria chegar ou partir
O fato é que a dúvida não perecia e quando se resolvia
Revolvia sem pedir licença a ponto de mudar tudo
O que antes parecia certo ou ao menos concluso
Se foi ao passo de um instante no qual cabia
Uma vida

Foi sem pedir conselho
Chegou sem pedir permissão
Ao tudo e ao nada era somente ele
A grande missão

O medo poderia impedir
O medo do regresso e não o da partida
Não adiantou, seguiu em frente sem saber
Por que? Onde? Quando? Cadê?
Nada disso foi necessário
Pois no fim o que partiu não voltou
Partiu

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