Sensação repentina

Essa é a imagem.

É tudo imagem!

Nesse grande mundo da imaginação.

De repente me bateu a sensação...

De que seria melhor ir jogar imagem e ação!

Poeira

Quero me perder em pensamentos

Encontrar meios em tantas formas vãs

Cheias de vazio

Quero me esquecer no tempo

Pegar tudo que passou, formar cinzas

E jogar ao vento

E ao espalhar pelo ar

Guardar as poeiras no seu devido lugar

Para que não sejam mais lembradas

Mas apenas aspiradas

Magia

Tenho toda sorte do mundo

Tudo se resumi em apenas um

Intenso sorriso profundo

Tenho toda sorte do mundo

Nada mais pedia

Ganhei mais do que poderia

Sonhava com o céu

Ganhei um muito azul

Olhava as estrelas

Ganhei muitas brilhantes

Tudo lindo e material

Tudo fosco e superficial

Tudo escuro e animal

Tudo música e funeral

E agora o tudo é nada

Céu, estrelas, tudo passa

Como um estranho passe de mágica

Não quero saber

Oi?

Tem alguém aí?

Tô aqui, assim, por acaso...

Não sei o que vim fazer aqui

Mas quer saber

Do que adianta sentar numa mesa

Chegar para o lado e não ver

É você

Não sei o que vim fazer aqui

Hoje não quero lembrar o passado

Amanhã, quem sabe...

Por você, Dor.

Acabo de presenciar algo que me fez pensar

Acabo de pensar em uma alternativa viva

Acabo de viver e o que eu faço?

Passo manhãs, dias, passo noites em claro

Uma clara idéia acaba de surgir

Não vale a pena toda essa pena

Que pena...

Mas do que adianta, o motivou já passou

Acabo de ouvir, de sentir...

E me deu...pena...

Não posso mais, eu posso

Vou dar valor ao verdadeiro

Tá errado, não é justo

Dor, me desculpe as consequências

O que eu sinto por você me fez pensar em mim.

Acabou.

Transbordo

A se deixar levar pelo canto

Aqui levo pouco mais de infinitos tons

E enche, enche um tanto

Segue livre, mas aos prantos

Puxa, puxa para dentro

Sou livre!

Mas não, não sai

Sei, basta respirar

Quanto mar!

Vou me afogar.

Infinito sol

Te peço

Faça o mar secar.

Aqui dentro bate um coração

Que quer amar.

Nada

Outros chamam interesse

Outros egoísmo

Creio os dois

Dois não passam de um

O outro

Só para momentos de falta

Invenção moderna

Hiberna com tanta facilidade

Não importa a idade

Não se tem cuidado

Adeus, perdeu-se o tato

Odeio, isso é fato